terça-feira, 29 de novembro de 2011

Fundamentos para a política de Chapadinha

Karl Marx afirmava que a consciência dos homens é determinada por sua condição social e material. Refletindo a partir desse fundamento, lembramos o grande argumento que sustenta o grupo político de situação da atualidade no poder é o do passado do atraso. O atraso, aí, significa, a lembrança de momentos de privação material que grande parte da população chapadinhense passou. A prosperidade advinda a partir da estabilidade econômica do município provoca um sentimento de segurança e que garante a manuntenção do grupo no poder.
Relacionada ao pensamento do próprio Marx, a dialética é um fundamento teórico que indica uma estrutura social fundada no confronto de grupos e de idéias que, por sua vez, provoca uma síntese. Esta, por sua vez, constitui-se um elemento consensual e superior aos elementos confrontantes, os grupos.
A 3ª via representa a expressão da dialética apregoada por Marx no sentido de que incorpora a síntese presente no debate dialético entre os dois grupos polarizados da política chapadinhense.
É isso mesmo. No aspecto da dialética a 3ª via encontra um fundamento. Contudo, o primeiro fundamento citado aqui, o da materialidade das consciências, ainda não encontra-se intensamente presente na 3ª via. Explico melhor. Para apresentar-se enquanto proposta alternativa aos grupos polarizados da política chapadinhense, não é suficiente apontar os erros de cada um. É necessário, sim, incorporar os pontos positivos desses grupos e, também, promover alterações materiais positivas na vida da população ou, pelo menos, de lideranças sociais do município. Sem isso, o ressoar do combate à corrupção não encontrará eco em meio à sociedade chapadinhense.
O Budismo aponta o caminho do meio como o encontro da felicidade, da iluminação e da auto-realização do ser humano. Contudo, esse caminho do meio, a 3ª via, não é composta do comodismo e conformismo da situação e nem no radicalismo da oposição. Traz, sim, a temperança, a eficiência e a prosperidade como marcas e como a face desse novo grupo.
A política é complexa e lida com a materialidade da vida das pessoas e, por isso, exerce tanto fascínio em meio às mentes. Não se pode reduzir as relações políticas apenas enquanto um confronto entre os "bons" e os "maus". Se assim for, sempre nos consideraremos o lado bom. Contudo, assim como na filosofia oriental, o bem pode estar contido no mal e vice-versa. Não se trata de separar um do outro, mas vê-los como parte da complexidade dialética da vida.
A 3ª via de chapadinha é composta de homens corajosos e que, ao meu ver, estudam e ensaiam uma revolução política. Só nos resta observar, analisar e contribuir, caso haja coesão, coerência e eficiência.

por: Jânio Rocha Ayres Teles


Fonte de figuras da quebra-de-braço e Budismo:

sábado, 5 de novembro de 2011

Um Raio X da 3ª Via em Chapadinha

A 3ª Via, em Chapadinha, corresponde a um conjunto de lideranças que, por diferentes motivos, estão afastados dos dois grupos polarizados da política local: Isaías/Belezinha e Magno/Danúbia.

De um modo geral, aqueles que se ensaiam como alternativa já estiveram no poder, ou de um lado, ou de outro.

Exemplos clássicos disso é o fato de estarem presentes na 3ª Via pessoas como Vagner Pessoa, ex-partidário do grupo Isaías, e Dr. Levi, ex-partidário do grupo Magno. Associados a eles há outras lideranças de semelhante característica.

Vale lembrar, mais uma vez, que os prováveis motivos de estarem distantes dos grupos polarizados não são os mesmos para todos, o que mantém uma certa fragilidade de coesão de propostas na 3ª Via.

Vale lembrar, também, que a maioria das pessoas da 3ª Via são provenientes do grupo de Magno, o que denota uma natural tendência de afastamento em relação ao grupo de Isaías, o que, na reta final, numa possível polarização, pode eclodir enquanto opção política.

Isso ocorreu em 2008, quando Talvane e Levi apresentavam-se enquanto alternativa da 3ª Via. A desunião dos dois provocou uma nova polarização da eleição, o que fez com que os votos próximos de um lado ou de outro migrassem para os candidatos principais.

A tendência de polarização da eleição de 2012 torna-se iminente, haja vista o fato de que, possivelmente, as pessoas que votaram na 3ª Via em 2008 terem receio em entregar a eleição para o lado a que tem rejeição. Em outras palavras, as pessoas que votaram em Levi e Talvane e que teem tendência a apoiar Magno, por exemplo, pensarão duas vezes antes de entregar para Isaías.

Por sua vez, as pessoas que apoiaram Talvane e Levi e que também teem a tendência em apoiar Isaías tenderão à segurança do voto na candidatura que tiver mais potencial para tomar a política de Magno.

Enfim, tanto um lado quanto o outro (falo dos eleitores de um modo geral), estão mais pensativos quanto a flexibilizar o voto. Esta eleição de 2012 não será de candidatos, mas sim, de grupos. Isso determinará, inclusive, se a eleição estará nas mãos de Danúbia ou Belezinha.

Além de tudo isso, perpassa esta discussão a questão estadual, em que o grupo de 3ª Via constitui-se em sua maioria de pessoas provenientes do grupo de Jackson Lago (podendo haver, como plano de fundo na eleição, a disputa entre a Família Sarney e Flávio Dino. Somente se o debate polarizar-se a partir de parâmetros estaduais é que a 3ª Via terá força. Caso contrário, permanecerá entre os dois grupos hegemônicos.
http://alexandre-pinheiro.blogspot.com/2010/08/nota-10-e-isaias-diferentes-ate-no.html

Pessoalmente acredito que, politicamente, se houver uma polarização da eleição, o lado de Magno e Danúbia (resistente ao retorno de Isaías) ganhará, mesmo que seja por um nariz.

Jânio Rocha Ayres Teles


Crédito das imagens: