Tenho analisado friamente a atuação de nossos paralentares chapadinhenses na Câmara Municipal.
Não é surpreza que oito vereadores optam, na maioria das vezes, por apoiar os encaminhamentos do Executivo Municipal e, ainda, em não adotar uma postura crítica em relação à Gestora.
Não é surpreza, também, que três vereadores foram eleitos sob a influência do grupo político de sr. Isaías, isso é fato. (Emerson Aguiar, Antônio Peroba e Marcelo Menezes).
Não pode ser considerada surpreza a mudança do vereador Emerson Aguiar para o grupo político da senhora prefeita, já que subia timidamente ao palanque do sr. Isaías para pedir votos.
A grande surpreza, contudo, é o vereador Antônio Peroba, eleito com os votos da legenda do PT, PC do B e do PSB (apesar de estar ideologicamente vinculado ao grupo de sr. Isaías) e adotar uma postura submissa às nuances do grupo que está na prefeitura.
Não culpo Peroba por essa postura, já que é muito fácil estar do lado de cá e "jogar pedras" em quem está lá. Falar é muito melhor do que ser. Não defendo, na verdade, o contraditório de maneira vazia. O que defendo é a necessidade de uma postura autônoma e comprometida com os movimentos sociais, com a socialização de informações e o atendimento às demandas dos grupos que o apoiaram. Na verdade, sou tentado a dizer que, em Chapadinha-MA, os Movimentos Sociais estão ficando cada vez mais encurralados e canalizados a uma aproximação com o sr. Marcelo Menezes. Será que isso interessa ao grupo do sr. Magno Bacelar? Será que os próprios Movimentos Sociais têm vislumbrado outras alternativas? Vejo, ou melhor, profetizo, (e não quer dizer que defendo) uma situação de possível inversão de papéis e forças políticas, ainda mais com a vizita da senhora governadora Roseana amenizando o embate entre os grupos políticos e sinalizando que, de qualquer lado em que os cidadãos se mantenham, estarão sob a sua tutela e proteção.
"Quem tem olhos para ver... que veja!
Quem tem ouvidos para ouvir... que ouça!"
por: Jânio Rocha Ayres Teles
Filósofo Chapadinhense