sábado, 2 de junho de 2012

Política de Chapadinha 2012: reflexões juninas

O processo eleitoral se aproxima e já respiramos o clima das convenções partidárias.
Algo que tem sido muito discutido em meio aos grupos políticos é a situação das pesquisas eleitorais que já começam a ganhar corpo no debate político.
Há quem diga que tem candidato(a) com rejeição elevadíssima e que isso se constitui uma realidade irreversível.
Faço uma projeção a partir de uma imagem e que pode nos iluminar um pouco na reflexão:

A reflexão sobre aceitação ou rejeição parte de pesquisas prévias a partir de um momento ainda muito distante da eleição propriamente dita.
A partir da pirâmide acima, somente sua cúpula não mudaria a intenção de voto, o que poderíamos supor uns 85% do quadro total de pesquisados.
Uma candidatura que, momentaneamente, apresente grande rejeição, pode facilmente (com estrutura e estratégia, é claro) ter revertido o quadro.
A base da pirâmide, por exemplo, é a maioria e, de certa forma, apresenta grande variabilidade em sua intenção de voto, até mesmo na semana da eleição.
O segundo nível da pirâmide (de baixo para cima), corresponde a personalidades ou lideranças sociais que detêm um certo apreço por seu nome mas que, por algum motivo, cede a apelos materiais de médio e grande porte.
O terceiro nível, por sua vez, corresponde a pessoas muito próximas de um determinado grupo político e que não sairia por condições materiais, mas sim, por desavenças internas ou a própria exclusão por parte do grupo. Muitos destes optam por permanecer inoperantes na eleição, pois preferem não ir para o "outro lado".
A cúpula da pirâmide, finalmente, corresponde àquele grupo de pessoas que constituem o verdadeiro grupo político, onde seus líderes têm um grau de confiança maior e que depositam nele os maiores investimentos.
Nesta cúpula, torna-se praticamente impossível uma reversão de intenção de voto.
Associando essa realidade ao quadro estadual, no período em que o governo do Maranhão esteve sob o comando da oposição ao grupo Sarney, Dr. Magno Bacelar manteve-se no grupo, mesmo tendo a maré do governo do estado no seu inverso. Outros prefeitos (e outros grupos políticos) mudaram de lado, cedendo às circunstâncias políticas momentâneas.
Ao retornar ao governo do estado, o grupo Sarney soube (e tem mantido) garantir o apoio àqueles que se mantiveram fiéis e que, a partir daí, foram confirmados na cúpula de confiança do grupo.
Dr. Magno Bacelar é a expressão dessa realidade e, por isso, detém créditos frente ao governo do estado.
Na conjuntura política local, a possível rejeição de Danúbia e os índices de aprovação da candidatura de Belezinha ainda não se constituem o quadro real da eleição, que passará a se delinear realmente a partir das convenções.

Jânio R. Ayres Teles




















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