Créditos de imagens:
http://hairlarious.wordpress.com/2009/03/11/the-world-wants-peace-like-this/
http://sharkassimetrico.blogspot.com/2007_03_01_archive.html
http://www.obafloripa.org/blog/2009/06/
O corpo não é o túmulo da alma, mas o templo do espírito.
Uma casa para abrigar o Vento, um lar para o Espírito Santo...”
“O tempo é como o dinheiro; não o perdendo, temos o bastante.”
[1.] A imposição da mentira institucional. Não se aceita a transparência no exercício do poder nem o exercício da cidadania pela vigilância ética. Então, decide-se pelo descaminho do suborno ético. O desmantelo é evidente...; o perigo da acédia social de tom compulsivo e modo (in)voluntário, quase nos sofoca em todo o tempo útil disponível; a farsa democrática reinstala-se; a tropa de choque jurídico ressurge em espasmos cíclicos; o nepotismo reciclado é descarado em vários graus. É assim que “nós” assistimos, será que assistimos mesmo...à quebra da seriedade do mínimo ético? Afinal, quem somos nós!? O resto é ladeira abaixo. Ou para cima, na conta bancária bem recheada, uma vez que as próximas eleições serão caríssimas... é revoltante!?
[2.] A vida é o valor agregado. A política tem em vista o bem comum e não o próprio bem. Assistimos a uma desagregação de valores em modo contínuo. A vida são as miudezas cotidianas. Aqui priva-se em público o descaramento do roubo. Covil de ladrões institucionalizado em repartição de favores e comissões. Máfia amadora em curso semi-profissionalizante. Não ao estado probatório. Há suspeitas e evidências, consumações e provas, delitos e crimes, os mais variados possíveis. Não há o mínimo de vergonha!? Há o máximo de safadeza corruptora! É óbvio que existem corruptos por que existem corruptores. E quando se junta a fome com a vontade de comer? Há falta de intervenção: por quem já deveria intervir por inerência. Aumenta-se o sentimento de impunidade. Cria-se uma realidade desencantada... pura tristeza de Judas. Resultado: magna-carneirada-à-solta!?
[3.] Em tão pequenas coisas reside a felicidade verdadeira... mas onde existe o desprezo pelo pobre, a indiferença para com a pessoa deficiente, o descuido da criança desprotegida, a convivência do desempregado alienado em meio ao consumo de brincadeira... a sociedade subverte, pouco a pouco, tragicamente as leis do seu desenvolvimento. Ninguém é responsável por todos os males do mundo!? “Não temos nas nossas mãos as soluções para todos os problemas do mundo... mas diante de todos os problemas do mundo temos as nossas mãos” (Friedrich Schiller). Não devemos descurar o exercício do nosso compromisso ético mínimo. Os santos ensinam a não dormir diante da omissão pública. É domínio publico.., aí está o meu/nosso corpo, aí está o meu/nosso espírito compartilhado!
[4.] A educação do intelecto, a educação do coração, da alma, do olhar... A Caridade e o Amor, a Bondade, a Compaixão e a Justiça. Nesta matéria as ‘figuras públicas’ dos nossos governantes, e lideranças associadas, são uma nulidade, visível e audível. Seremos cidadãos do Amor. Peregrinos da Justiça. Bons alunos da Caridade. Trabalhadores da Bondade. Companheiros na Compaixão. Não vamos entregar as cartas. O jogo no seu resultado final é revertível. Purificar o coração, adiamantar a alma. Em meio à ‘zoada’ do mundo, ter ouvidos para as canções do coração, para as melodias do corpo. Não ao corpo de delito. Sim ao corpo de obrigação. Sim à salvação mútua. Ninguém é feliz sozinho! Chapadinha basta de infelicidade desprogramada. Vamos fazer cidadania com programação contínua! Já demos os primeiros passos, é a hora da coerência fiel!
A primeira vez que ouvi a música A Banda, de Chico Buarque, tive a impressão que estava ouvindo a banda tocar. Gostei da composição.
Por causa dessa música o compositor quase foi exilado do país.
A música é um ode a serviço dos fracos e oprimidos da na época da Ditadura Militar. Mas, aqui faço uma paródia. Não é uma tentativa de plágio, é que, às vezes, sinto viver uma Ditadura sorrateira.
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Só quero dizer que não é preciso ficar à toa na vida para ver “a banda” passar. Pode cada um continuar seu trabalho. Quem é médico pode continuar medicando. Quem é advogado pode continuar advogando. Quem é pastor pode continuar pastoreando. Quem é parlamentar pode continuar no parlamento. Quem é professor pode continuar professorando. Só não sei é se “a banda” vai cantar coisas de amor.
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Gente sofrida tem muita. Não é preciso ficar à toa para encontrar. Agora, despedir-se da dor para ver a “banda” passar é que o problema. A dor não volátil, não é uma sensação efêmera. Não se tira a dor com “Metamizol sódico ou dipirona sódica é um medicamento antiinflamatório não-estereoidal (AINE) que é utilizada principalmente como analgésico e antitérmico” (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Metamizol). Se a dor irá embora, ao ponto de uma despedida, isto eu não sei, mas, é só o que posso oferecer, pois é só o que se tem. Outra dificuldade será cantar coisas de amor, pois, “a banda”, distoa. Não há compasso. Não há ritimo e harmonia, e mais: sua melodia é um problema para o ouvido da gente sofrida.
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
Homens sérios, mulheres sérias, de honradez comprovada, ilibada, isto tem bastante. Nosso torrão é berço da honra. Aqui já nasceram, passaram ou viveram, e mais, vivem ainda homens e mulheres de envergadura; agora, contar dinheiro: é outra conta. A banda cobrou alto para tocar. E o dinheiro foi pago adiantado do espetáculo. O faroleiro vendeu o farol e contribuiu e não conta mais vantagem nem dinheiro. A namorada, essa ainda conta estrelas, pois é só o que se tem para fazer depois “da banda”. Mas, um fato é certo: todos deram passagem à banda.
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A banda causou grande problema. A moça triste que vivia calada e esperava seu show não sorriu, pois também contribuiu. Calada e triste a moça ficou. A rosa que vivia fechada murchou, pois não houve show, visto que, o palco com ela se enfeitou. A banda foi uma tragédia. Não é preciso ficar à toa para ver a tristeza da moça e o murchar da rosa. Quem fez festa foi a meninada. Meninos fazem festa com tudo. E ainda bem que é assim, pois, se não, não haveria esperança no futuro. Mas, como fazem festa com tudo, não eles mesmos cantaram coisas de amor, pois a banda não cantou. E não é preciso ficar à toa para ver.
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
O velho fraco, de tanto cansaço, enfraqueceu e morreu. Não era mais moço para correr atrás da banda, do dinheiro que perdeu. A moça feia debruçada na janela se decepcionou, porque a banda, para ela não tocou (não tocou para ninguém). A dor da feia se espalhou, nem dipirona sódica resolveu. Tá aí, quem mandou acreditar na banda? Vai, abre a janela novamente, debruça na janela, imagina que a banda vai tocar. E não é preciso ficar à toa para ver a banda destoar mesmo sem cantar ou tocar
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
A maior decepção da banda foi a marcha que todos esperavam. Deveria ser alegre, mas sua ausência foi triste. Deveria insistir e contagiar, mas, nem mesmo começou, para desespero do meu amor, do faroleiro, do velho, da moça triste e da meninada que teve que improvisar e fazer a festa, pois, a banda não tocou.
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
Para meu desencanto a banda não sumiu e a dor continuou. E o que mais revoltou foi que tudo saiu do lugar. A agitação chegou e o sofrimento apontou. O desencanto se desencantou e a alegria afugentou-se da minha gente sofrida que não se esqueceu da dor. O desespero aumentou quando se percebeu que as coisas não se tornam ao lugar com a mesma rapidez do caos que banda causou.
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Cada qual foi de fato pro seu canto, o canto da dor. Depois que a banda passou nada restou, exceto a dor que nem com dipirona passou. Se o canto fosse a senzala a senzala era o lugar do canto, o canto da dor. A minha gente sofrida logo parou, parou para expulsar, expulsar a banda, a banda do horror, para que não haja mais canto, o canto da dor. Para tanto, a minha gente sofrida parou, para sonhar um fim da dor.
Bem, essa música tem seus créditos abaixo. Como disse, não é uma tentativa de plágio, é apenas uma paródia, produto da elucubração desse chapadinhense que vive ouvindo a banda tocar; até parece que estou traumatizado. Mas, ainda não estou rindo da honra e nem estou com vergonha de ser honesto. Até espero, pela graça de Deus, nunca desanimar de servir ao Senhor, servindo ao meu próximo (Mt. 25.31-46), mas, também, não significa que farei somente isto. Obrigado!
Rev. Oziel Galvão
Composição: Chico Buarque
© 1966 by Editora Musical Brasileira Moderna Ltda.
Administrada por Fermata do Brasil
Fonte da imagem da banda:
refoista.blogspot.com/
"Senhora Governadora Roseana Sarney.
Chapadinha,19-05-2010.
[1.] Com o mesmo entusiasmo e orgulho com que Vossa Excelência nos visita, e nossas Autoridades locais, nossos anfitriões, a acolherão na Sua Pessoa e Representatividade Cívica, na riqueza inquestionável de vivermos num regime democrático, em Estado de Direito, não me retraio em dizer-lhe: - Lamento, cara governadora, eu não sinto nenhuma emoção, compromisso ou mínima esperança diante da sua visita!
[2.] Na rua e nalgumas cadeiras sentado, ouço comentários desconexos...Tenho visto pouca TV local, a Rádio Mirante não consigo escutar... (depois da censura ao conteúdo crítico do nosso programa dominical, da parte do seu diretor administrativo); da Rádio Cultura, só sei e é suficiente a possibilidade da difusão da santa missa, aos domingos, para não privar os nossos doentes (e quem os cuida zelosamente); quanto aos anúncios, através de blogs pré-pagos e pré-direcionados politicamente não era de confiar... Resumindo, só soube da confirmação da sua visita oficial, pelo convite/programa enviado pela Prefeitura Municipal. O mesmo, lamento, não tem ‘conteúdo sólido em inaugurações...’; conjeturo, será que vai haver anúncio de mais um Novo Hospital... Vamos entrar em campanha política, fora dos prazos legais da campanha oficial... O convite nada diz de promissor, para o sucesso da sua visita... Não sei se não perderá seu precioso tempo, tão útil para poder “Voltar ao Trabalho”, como é seu lema de compromisso estadual...
[3.] Mas sua ilustre visita não é clandestina. Que os foguetes..., ruas e praças lotadas..., os salões apertados e os muitos sorrisos que irão recepcioná-la como Governadora do nosso Estado! Possam ser verdadeiros! Se a idéia é passar para o restante do Estado do Maranhão, em reportagem jornalística, que a Senhora tem o nosso apoio incondicional, aqui em Chapadinha, - tendo o apoio das Autoridades e lideranças -, logo tem o apoio popular na cidade. Cara Governadora, sabe que esse tipo de visita-de-encomenda se resume às velhas práticas de quem faz política enganando o povo. Eu não comungo desse voto em branco, voto tem conseqüências, exige compromisso.
[4.] Penso num hipotético discurso de boas vindas e em quais temas/assuntos que vos apresentaria sucintamente, enquanto Governadora... Não seria de bom tom nem falta de educação, essa ousadia, e começaria por vos falar de uma ‘cidade à beira de ser sucateada’(principalmente na infra-estrutura de patrimônio público), em termos institucionais estamos a fazer manutenção dos serviços-mínimos. Cidade que cresce, cada vez mais, mas não se desenvolve, como merece e tem potencial. Isso não poderia deixar de lhe falar. Falar dos bairros abandonados, duma imensa periferia urbana que aumenta assustadoramente sem nenhum planejamento. Isso não podia. Falar da saúde pública à beira de uma situação caótica (as contas da Secretaria Municipal de Saúde em 2009, foram reprovadas pelo Conselho Municipal de Saúde, na recente reunião de 29-04-2010). Isso não pode. Falar de uma educação de ‘apadrinhamentos políticos’ onde as sucessivas reivindicações dos professores tem sido indefinidamente prometidas e descumpridas em acordos de conveniência. Isso não pode. Falar do caso, entre vários outros, do descuido gravíssimo (novamente na saúde publica, a nível sanitário, bem como ao nível do patrimônio moral e humano da nossa cidade), para com os nossos vários cemitérios, depois de sepultar a nossa líder, ainda ontem, Srª Dona Teresa, Bairro do Novo – Comunidade Sagrada Família, no cemitério do Limoeiro, sem as condições mínimas por parte do Poder Público. Poderia falar de outras Obras e Serviços Públicos desatendidos e sem qualidade presente, e no futuro, a longo prazo, tais como: fornecimento de Água na rede publica; Saneamento básico; tratamento de lixo (o nosso aterro sanitário que é um crime ecológico a céu aberto...); da entrada principal da nossa cidade, se a senhora Governadora viajar de avião ou por outro meio, infelizmente não dar conta do fato...fica o pré-aviso para com a sua coluna..., ou ainda, de outras ruas principais, sem condições de trafego em segurança; a inexistente iluminação pública (taxa imoral cobrada pela CEMAR e repassada às Prefeituras locais); a situação preocupante, do nosso Centro Regional de Detenção Prisional, sem as condições mínimas em termos de lotação, etc. E se lembrar a lista interminável dos problemas/necessidades do povo do nosso imenso Interior neste nosso Município, nunca mais terminaria esta carta. Em todos os assuntos de importância para uma cidadania básica: isso, também, não pode!
[5.] O certo é que ‘viajar na maionese já pode’, mas discutir a gravidade da nossa realidade, no descaso e alienação, no branqueamento da mídia oficial (Radio, Tv, jornal quinzenal... e blogs), é que nem sempre interessa às conveniências dos(as) nossos(as) vereadores(as), dos(as) secretários(as) municipais, inoperantes, porque, não só mas também, presos ao centralismo de uma Prefeitura-Sem-Cabeça, mas com bolsos sem fundos, sem nenhum projeto consistente, orgânico e dinâmico. Sem rumo à vista.
[6.] Os sucessos e obras da Nossa Querida, - e apesar de tudo o que foi dito muito resumidamente, anteriormente -, e bela Cidade, pertencem à iniciativa das Igrejas (escrevo num plural mínimo, sem erro, e não vou fazer o auto-elogio narcisista, em voga nos nossos concidadãos mais badalados ... que é doença que não sofremos) ou à iniciativa dos Comerciantes e Empresários chapadinenheses, com um espírito empreendedor notável, temos entre nós, no passado recente, e teremos num futuro, a curto prazo: novas Clínicas (boas mas caríssimas para a maioria do povo de baixa renda); novas Casas Comerciais (de diversos produtos e serviços que continuam a fazer de Chapadinha a Princesa de todo o Baixo Parnaíba...), novos escritórios/departamentos institucionais (edifício novo da Promotoria Pública, da Delegacia de Policia, do Tribunal Regional do Trabalho, tudo com menos de ‘três anos’, mas de projeto/financiamento, exclusivamente federal); e novas Universidades (UFMA e FA.P./CRESU no domínio privado), novo grandioso colégio, só para dar alguns exemplos consideráveis, sendo reservado quando à referência de nomes e marcas de relevo quanto a projeto cívico, cientifico e ético.
[7.] Seja bem-vinda, mas não se deixe enganar, porque sei que não se quer enganar, nem quer enganar, muito menos, os Chapadinheses, seus concidadãos. Possa fazer o seu diagnóstico da realidade, sem falsos quadros e fotos de ocasião. Possa assimilar nossa angústia, nossas esperanças, ainda que aceite também esta nossa descompressão afetiva e efetiva.
[8.] Despeço-me, repentinamente, sem formalidades, como iniciei...
Com a mais alta consideração, estima e acreditando no Brasil, que se consolidará, brevemente, como 5ª Economia Mundial, vivendo neste quase paraíso natural e cultural maranhense, pedindo-lhe, com honestidade e fé, ajude-nos a construir o Futuro da Nossa Cidade, não nos deixe refém do nosso passado, menos digno, para que o presente, seja o lugar da honra, do trabalho e da alegria sadia!
Rezo e canto, em voz baixa... o Hino de Chapadinha!
POR: Pedro José, Chapadinha, 19-05-2010.7065 caracteres (com esp. incluídos) – 23h19.
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