Uma reflexão existencialista em Chapadinha-MA
Chapadinha-MA acorda para a dura realidade de ter que discutir, e optar, entre o ruim e o péssimo, entre a ambição e a subsistência.
Calma!
Isso não é pessimismo!
É uma simples constatação fundamentada nos fatos que se desenrolam no cotidiano político de nossa sociedade local, estadual e nacional.
Questiona-se sobre o "Ser" e o "Estar".
A Filosofia Existencialista já se questionou sobre essas duas realidades e demonstrou que o melhor mesmo é optar pelo "Ser".
Mas, será que o "Ser" corresponde ao que muitos imaginam que ele seja?
Optar por "Ser" significa caminhar na direção da transformação social, superando os apegos e os atrativos que a carne, o dinheiro e o poder proporcionam.
Pelo que vejo, muito do que se diz "Ser", na verdade, é a expressão plena do desejo pelos frutos da carne, com um mergulhar desenfreado na prostituição, traição e pedofilia.
O corpo passa a ser o grande "deus" ou, em latim, "Augustus", da civilização. As mentes passam a ser escravas da moda e dos padrões estéticos.
Também é um mergulho no dinheiro, com opiniões voláteis e etéreis, condicionadas pelo apego ao luxo e ao poder.
Finalmente, é entregar-se ao poder, isto é, um desejo incontrolável de se sentir conhecido, admirado, "respeitado" e obedecido.
Já dizia Nietzche, há muito tempo atrás, quando afirmava que o ser humano tem um impulso incontrolável para se tornar um "Super Homem"... ou uma "Super Mulher".
Vale lembrar que tais valores que se apregoam em nossa sociedade já faziam sucesso em meio aos Romanos da Idade Antiga.
Contudo, o espírito de humildade e desprendimento defendido pelo cristianismo incipiente minou todas as forças daquele império corrompido e promíscuo.
Vejo nossa sociedade caminhando para dias parecidos com aqueles.
Daí poderão se sobressair pessoas que conseguirem resistir às tentações já citadas: tentações da carne, do dinheiro e do poder.
Em um momento em que a grande maioria segue de acordo com a maré, aqueles que forem contra essa "onda" atrairão os olhares e os seguidores justamente porque, dentre outras coisas, a monotonia da maldade já se faz sentir em nossas praças e em nossas cozinhas.
por: Jânio Rocha Ayres Teles
Filósofo Chapadinhense
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