terça-feira, 2 de outubro de 2012

DUELOS DA ÚLTIMA SEMANA DAS ELEIÇÕES

Na reta final da campanha vem à tona o que eu já havia previsto:
 
A realidade de grupo se sobrepõe à dos candidatos individuais
 
A avaliação individual é sobrepujada pela grupal.
 
As qualidades individuais são neutralizadas pelos defeitos do grupo, e vice versa.
 
O discurso de ataque mútuo vai evoluindo de acordo com o decorrer da campanha.
 
Se por um lado, muito se dedicou a exaltar os resultados das pesquisas, no momento em que o grupo de Magno consegue revertê-las, muda-se o foco de ataque, passando-se a divulgar que o mesmo não é candidato e, sim, Danúbia.
 
A mudança repentina de foto ressalta o JOGAR DA TOALHA de um grupo que perdeu seu principal trunfro frente ao oponente, restando, apenas, desqualificá-lo até mesmo enquanto um opositor.
 
Na verdade, não se está tratando, aí, de méritos jurídicos e/ou políticos, mas sim, de estratégias de ludibriar o eleitor com vistas a provocar um resultado viciado.
 
Divulgar que Dr. Magno não é candidato é a última cartada na manga (se bem que agora vem a hora das cartas mais sujas) de um grupo que já não tem muito o que perder e, assim, o processo político torna-se cada vez mais perigoso, passando-se ao stress e à violência.
 
Não me assustaria com o fato de o grupo perdedor vir a depositar o ônus de sua decadência no Poder Judiciário, como já se insinuou outras vezes.
 
A preocupação demasiada em encher carreatas com pessoas trazidas a todo custo da zona rural e até de outros municípios denota uma tentativa de elevar a autoestima do grupo, já que isso é apenas uma ilusão, frente à realidade do esvaziamento do grupo.
 
Também há um forte esforço de lideranças intelectuais do grupo em justificar o sucesso das ações do grupo opositor. Desculpas como a de que o outro lado traz gente de outros municípios e, ainda, pressiona pessoas contratadas a comparecer nos movimentos e comícios, tudo isso neutraliza em parte o ímpeto de enfraquecimento dos ânimos do grupo perdedor, mas não evita sua queda.
 
Pode até ser que o resultado seja favorável para o grupo de oposição, mas não se pode negar a ansiedade que o mesmo se encontra frente à possibilidade de perda que circunda o resultado de mais uma eleição.
 
Tenho receio do que o sentimento de ansiedade e, de maneira ainda mais intensa, a desesperança em relação à vitória, possa provocar em um grupo que está com os nervos à flor da pele.
Três caminhos são possíveis...
 
Infelizmente, devo afirmar que esse estágio da campanha já chegou e quem não estiver segurando os nervos já está partindo para a violência, ou buscando justificativas diversas (algumas já citadas acima). Mas o que já se nota, na verdade, é um grande clima de acomodação frente ao que se constata: a reverção de um quadro eleitoral em favor de Magno Bacelar na última semana da eleição.
Mais uma vez afirmo, divulgar que ele não é mais candidato é uma tentativa desesperada de impedir essa trajetória de recuperação.
Mas, sinto muito em dizer que, ao iniciar a divulgação dessa falsidade logo no início da semana já se constituiu um erro, pois o grupo de Magno terá todo o restante da semana para desmentí-la, inclusive nos programas eleitorais gratuitos. Ainda mais quanto se teve a notícia de que o avião que jogaria papéis contendo a mentira foi apreendido no aeroporto de São Luís.
Não há como prever efetivamente uma vitória ou um fracasso. Há, sim, como influenciar para que se tenha o resultado que se espera.
Nesse contexto, a autoestima do grupo vai contar significativamente nesses últimos dias de campanha.
 
Deve ser por isso que tem tanta gente torcendo para não haver outro PANCADÃO 43.
 
por: Jânio Rocha Ayres Teles
 
 
 
 

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