sábado, 5 de março de 2011

O que há por trás do conflito na Líbia que nós não sabemos?


Inicio minha reflexão sobre a problemática da Líbia neste início do mês de fevereiro de 2011.

Tenho uma questão que eu mesmo vou responder. Contudo, apresento outras questões mais adiante, que não são minhas, mas ponho-as em pauta para estimular a reflexão.

Primeiramente, quem está fugindo da Líbia em meio aos confrontos? RESPOSTA: em sua grande maioria, estrangeiros que trabalhavam na Líbia, inclusive brasileiros, devido ao alto nível de renda daquele país. É verdade! Confira o que acontece por lá!

Vejamos então o texto que coloco em pauta:















Timothy Bancroft-Hinchey
Pravda.Ru"
FONTE: http://port.pravda.ru/russa/26-02-2011/31317-libia_russia-0/



Obs.: não sou partidário de qualquer concepção política anti-democrática ou, mesmo, islâmica. Simplesmente conclamo a uma reflexão mais ampla acerca da problemática da Líbia e dos países que têm sido alvo de movimentos populares neste início de 2011. Vale lembrar que em 2008 a crise econômica abalou as estruturas do Neoliberalismo.
Isso, de certa forma, foi proveniente do esfriamento do confronto típico da Guerra Fria, até os meados da década de 80.
A ausência de uma ameaça socialista promoveu uma acomodação no mundo capitalista que, por sua vez, provocou um avanço do socialismo no mundo, em especial nos países pobres e/ou emergentes, como no caso do Brasil.
Como eu estava dizendo, o abalo à estrutura do Neoliberalismo provocou um reavivar de esperanças em meio aos grupos e países socialistas. Contudo, o grande perigo está no fato de que países socialistas fortemente militarizados (e ditatoriais) detém grande força econômica por meio do petróleo (como na Líbia) ou força militar, como no caso da Coréia do Norte (com a bomba atômica).
O esforço do capitalismo é duplo: assegurar a manutenção e/ou fortalecimento do Neoliberalismo e, também, frear o avanço de países socialistas de características semelhantes ao do antigo leste europeu.

O Brasil, com dois mandatos presidenciais caminhando para a tendência socialista (ou pelo menos com uma cara "vermelha"), agora apontando para um terceiro mandato, está no fio da navalha em meio a países com afinidade ideológica e contradição política (com regimes ditatoriais, enquanto que no Brasil caminha-se para a efetivação da Democracia).

De certa forma, o conflito na Líbia fortalece o Neoliberalismo, mas, contudo, fortalece também o Brasil na sua caminhada rumo ao socialismo de centro. Isso porque, para os Estados Unidos, talvez seja mais vantajoso promover países com ares de socialismo, mas que trabalham a partir de uma linguagem neoliberal, do que polarizar radicalmente com o socialismo e fortalecer lutas político-ideológico fundamentalistas. 

por: Jânio Rocha Ayres Teles

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